domingo, 27 de março de 2022

Será que você caiu nas garras de uma SEITA?

 Será que você caiu nas garras de uma SEITA?

Eu assisti às 2h desse relato. E gostaria de trazer ele aqui como um exemplo do que muitas vezes eu insisto em minhas falas.


As vezes me tomam por ‘exagerada’ ou ‘cri cri’ ao chamar atenção para alguns perigos, ou criticar certas práticas feitas por ai. Recebo e-mails e mensagens privadas ou com contatos ‘sedutores’ cheios de elogios e palavras pro meu ego mas querendo me prender a algo ou me vincular a algo ou usar meu espaço aqui no canal, ou com ataques e críticas sobre eu estar ‘falando do que não vivi’ etc. Quero dizer que é possível ter uma vida espiritual saudável. Buscar um verdadeiro autoconhecimento, que te liberta, que não te torna mais preso! Existem boas práticas, existe uma forma de viver uma religiosidade positiva, fundamentada em bases consistentes, em uma tradição séria, com um caminho constante e que te leva a transformações (internas e externas) na sua vida que são reais, e não te aprisionam nem causam mais sofrimento. Percebam que quando Jesus fala sobre os lobos vestidos de cordeiro, e o ouro falso, e o não dar aos cães o que é sagrado (pois eles se voltam contra nós e nos destroem), isso é uma fala absolutamente atual. O que vemos nessas seitas e grupos e ordens e escolas e retiros (seja lá como se chamam..) é justamente o uso de assuntos espiritualmente edificantes, e práticas boas, positivas e transformadoras, de um modo ‘envenenado’. Bons ensinamentos são distorcidos e transformados em práticas destrutivas. Há muito veneno na picada das cobras que se escondem detrás de cada flor no astral e no físico também! Essas seitas causam um mal duplo. Elas destroem os indivíduos, física, emocionalmente, financeiramente e espiritualmente; e elas destroem belos ensinamentos ao contaminarem instruções de verdadeiros mestres com desvios destrutivos nas entrelinhas, interpretações errôneas, ênfases adulteradas. Destroem o ensinamento de dentro pra fora, se apropriando de seu linguajar. E destroem as pessoas com toda a manipulação. Vejam que pode ser positivo, se for uma escolha, buscar uma vida simples e afastada do mundo. Pode ser positivo viver em meio à natureza, cuidando de horta, composteira, tomando sol, acordando cedo. Pode ser positivo se alimentar sem grandes apegos, ter uma alimentação vegetariana, praticar yoga, meditação. É bom ler filosofia, conhecer tradições espirituais... Mas nunca sem liberdade, nunca sob abuso psicológico e coerção. Eu estive envolvida em estudos e práticas espirituais desde minha infância. Felizmente nunca participei de nenhuma seita. Já transitei por alguns espaços e convivi com pessoas de grupos diferentes e vi coisas bem de perto. Quando faço um post como esse não parto de um sentimento de mágoa pessoal, é um desejo de alerta. A prática de meditação, de vegetarianismo, de contato com a natureza. O respeito ao yoga e aos ensinamentos de diversas religiões, são coisas que sempre carrego comigo. Retiros espirituais, vida em comunidade como os essênios e outros, podem levar a bons frutos. Mas que tudo isso seja sempre consciente e com liberdade. Eu escutei o vídeo inteiro e fiz algumas anotações. Posto aqui com o intuito educativo de trazer o assunto à tona, para que sejamos sempre vigilantes dos lugares que frequentamos, do quanto permitimos que as pessoas ditem sobre nós, de se estamos cuidando de nosso emocional e o chamado para percebermos que especialmente nesses meios ‘espirituais’ nem tudo que reluz é ouro, as vezes é só furada! . . . >>>>> Detalhes que anotei a partir do relato do vídeo: Esse relato é um exemplo perfeito de perigos que corremos ao sem querer cairmos nas garras de seitas ‘espirituais’. Percebam a importância da liberdade de pensamento. Inclusive da liberdade de estarmos equivocados. Mas de podermos questionar, duvidar, estudar, ter acesso às fontes. Pessoas muito inteligentes podem ser vítimas de seitas. Pessoas bem intencionadas, buscando um caminho espiritual real, uma vivência religiosa real. Pessoas com condições financeiras, com títulos acadêmicos, ou pessoas simples e ‘vividas’, e até mesmo céticas. É preciso entender como funcionam as seitas para nos protegermos e aprendermos a identificar os ‘sinais de fumaça’. Como ela diz ao final, ao nos aproximarmos de uma seita não vemos ‘monstros’ ou pessoas encapuzadas. Vemos sorrisos, abraços e discursos edificantes. Somos convidados a nos sentirmos parte de algo, e nos sentirmos especiais. E é no desconhecimento dos mecanismos das seitas e na nossa vulnerabilidade emocional que mora o perigo. Eu tenho críticas a alguns posicionamentos da dona desse canal, não concordo com tudo. Mas há coisas sim que ela tem feito um bom trabalho de explicitar os problemas DESTACO alguns pontos: Figura de um ‘mestre’ que decide tudo. (Também senta num trono, cabelo comprido e barba) “Ele é iluminado”. Não pode ser questionado. Pessoa é constrangida por duvidar, ou sutilmente humilhada por ‘estar sendo dominada pelo mental’. Experiências grupais que levam as pessoas a quererem concordar entre si para não se sentirem excluídas. Membros são ‘aspirantes a monge’ Trabalho não remunerado sob discurso de ‘voluntariado espiritual’, Corte de contato com a família e o mundo externo, não ter acesso a telefone, internet ou até mesmo aos próprios documentos pessoais. O local funciona como um espaço de retiros espirituais, pousada ecológica, imersões em práticas de meditação, psicologia, mistura de discurso religioso com ‘quântica’, os turistas vão em feriados e pagam diárias caras e fazem os ‘workshops’. Cheio de 'pratica de ‘autoconhecimento’. - Isso demonstra que as vezes debaixo dos panos não estamos vendo a realidade dos ambientes que frequentamos. O dinheiro do espaço não pagava salário para quem trabalha lá. As pessoas não tinham direito nem de ter shampoo etc. Pessoas recebem um nome espiritual como estratégia de despersonalização. Só permitir ver a família depois de alguns meses ali (a pessoa já em lavagem cerebral ativa está achando tudo bom e só fala coisas boas pra família e volta). Discurso de ‘sua família não te entende’. Vigílias, trabalho noturno como castigo por atraso, obrigatoriedade de banho gelado (tendo chuveiro quente), elogios e criticas alternados (abuso psicológico) feitas em público com indiretas. Discurso na hora da refeição, doutrinação pesada citando de forma deturpada diversas tradições espirituais e religiões que tem bons ensinamentos, mas usando isso para manipular as pessoas. Fazer a pessoa sentir que está ‘evoluindo’, e com discurso pseudo-cientifico e quântico. Cursos de reiki, cristais, radiestesia, massoterapia, yoga, meditação etc. As pessoas que moram lá se formam terapeutas e atendem os turistas mas não recebem nada do que é pago. Corte de contato com a família e o mundo externo, não ter acesso a telefone, internet ou até mesmo aos próprios documentos pessoais. Jejum ‘forçado’ (por coerção e abuso emocional), discurso de ‘não se apegar a coisas do mundo’ para não permitir que as pessoas comam chocolate, tomem café etc. Controle de decisão, liberdade. Coerção quando a pessoa não quer participar de algum ‘ritual’ que todos fazem. As pessoas funcionam como ‘olheiros’ uns dos outros. Fofoca denunciatória incentivada ‘pelo bem da pessoa’. Aversão ao corpo material, trabalho escravo disfarçado de discurso de ‘comunidade’. A renúncia ao mundo e o desapego como práticas espirituais deve vir como uma atitude livre, consciente, natural e por escolha. Nunca assim por pressão e sob discursos e repressão. Exercícios físicos pesados disfarçado de autocuidado e somado à gordofobia. Não acesso à tratamentos de saúde medicamentosos. Tratar depressão como ‘não está evoluindo’. Controlar o corpo da pessoa (quando pode ficar de pé, quando deve ficar deitada sem poder sair da cama etc..) Não permitir uso de contraceptivo. Dizer que a pessoa tem Trava sexual, tocar ela para ‘trabalhar os chakras’, abuso sexual para ‘trabalhar a evolução’ da pessoa, discurso de iluminação através da sexualidade. ‘sala especial do tantra’. ‘um deus que vai te curar’, ‘você é escolhida’, constrangimento da pessoa em publico dizendo que é preciso aprender a se entregar. (quase toda seita descamba pra discursos de sexualidade como caminho, abre rapidinho as portas pro abuso sexual). Deixa a pessoa com sentimento de ‘não ter pra onde ir’, pois foi afastada de todos. Ao mesmo tempo a pessoa não tem com quem falar pois sente vergonha e se culpa por ter sido vítima. Seitas são pessoas legais, queridas, que buscam algo bom, acreditam em espiritualidade, falam de natureza, meditação, práticas de autoconhecimento, desconectar do ritmo do mundo etc. São sedutoras pessoas, te fazem se sentir ‘parte’, te vendem felicidade. Porém há uma distorção. Pegam geralmente pessoas jovens e fragilizadas emocionalmente. (e é comum que seitas tenham um movimento forte para atrair jovens). Mas todas as pessoas podem estar sujeitas a esse tipo de armadilha.
Por isso pessoal, VIVEKA sempre (não o meu canal, mas o uso do discernimento espiritual).
Não se deixem levar pelos discursos sedutores, e façam terapia!
Um ensinamento verdadeiro te ajuda a te libertar do sofrimento, e não te aprisiona mais.

terça-feira, 20 de julho de 2021

O que a Sabedoria (Gnosis) significa para mim - por G. R. S. Mead.

 Qualquer tentativa de um indivíduo apreciar, de forma justa, o real valor da Sabedoria, da Iluminação ou da Gnosis Espiritual, em virtude da natureza das coisas, está destinada ao fracasso, pois tal julgamento amplo de seu real valor demandaria um conhecimento, não só do que a Sabedoria significa no cômputo geral das coisas, mas também do que ela operou na natureza de cada indivíduo sob sua influência.

Nenhuma avaliação adequada do verdadeiro valor da Gnosis Espiritual pode ser estabelecida, mesmo pelos indivíduos mais bem dotados, pois tudo o que ele pode dizer é simplesmente seu próprio louvor particular, uma avaliação que não pode diminuir em nada o louvor dos outros ou apropriar-se de suas canções de agradecimento. Todas estas devem ser combinadas para formar a grandiosa totalidade; todos devem cantar juntos para completar a grande sinfonia de alegria, os agradecimentos de coração de todas as almas despertas para a infinita variedade da Sabedoria Divina.

Qualquer um que procure determinar o valor deste ideal só pede fazê-lo para si, estimando-o a partir de seus próprios padrões, de acordo com sua ideia do que ele é e de acordo com seu conhecimento do que tenha operado em si mesmo.
Se um homem não valoriza a Gnosis Espiritual para si mesmo, não pode valorizá-la para os outros. Pois a verdadeira Gnosis é precisamente para todos a mais valiosa de todas as coisas, já que é a Sabedoria que desvela o mistério do bem e do mal aparentes, para a satisfação completa de corpo, alma e espírito com o estado das coisas como elas são.
Portanto, nesta aventura procurarei descobrir, num relance momentâneo de pequena extensão, o que a Gnosis Espiritual significa para mim. Já permiti, acima, que a atmosfera de sentimento em que se banha meu pensamento, ao contemplar este ideal, fosse vislumbrada.

A avaliação da Gnosis Espiritual para mim é, assim, um puro louvor à Sabedoria. Só tenho glorificações. para ela; minha dificuldade é não poder louva-Ia o suficiente. Não tenho nada de mal para dizer a seu respeito, pois é a energização do Bem; nenhuma crítica a fazer, pois ela transcende meu julgamento; nenhuma depreciação a oferecer, pois ela está além do louvor. Meu entusiasmo sobre o assunto é absolutamente sem reservas.

Talvez em sua sabedoria, você possa pensar que sou tolo sendo tão entusiasta a respeito de algo. Porém, meu ideal da Sabedoria é 'absoluto' e, inevitavelmente, deve ser dessa forma, pois é isso que vai tornar-me verdadeiramente sábio e livre.

Você realmente não imagina que sou tão medíocre a ponto de permitir que qualquer outra pessoa defina Sabedoria para mim e imponha sua noção das coisas ao meu universo, faça misérias com meu céu e me faça, doentiamente sofrer a paixão de um martírio intelectual e espiritual, quando minha Sabedoria me ensina, como uma de suas primeiras lições, a estar preparado, a qualquer momento, para mudar meu ponto de vista e a reajustar-me.

Não. Mesmo uma criança nesta Gnosis Espiritual é suficientemente grande para ter um universo próprio sem qualquer interferência de fora, pois um universo, na verdade, não tem exterior.

Qualquer que seja a razão que leve um homem para fora de seu pequenino eu, restituindo-o ao seu Ser Interno, mesmo que por um só instante, é a energização da Gnosis Espiritual nele. Este impulso divino, pode ser transmitido pela compreensão de palavras escritas ou faladas ou sem a mediação de nenhuma palavra como as conhecemos - por meio daquelas inteligências aladas que não têm vozes para os ouvidos físicos, mas que falam a linguagem universal da alma.

E qual é o valor e o significado deste mistério? Como podemos avaliar uma tal riqueza de significado, este valor inestimável, quando o Espírito de Deus o Alento Divino, começa a exalar-se auto-conscientemente na essência do ser do homem? Como podemos estimar esse bem em termos de valor humano, quando cada um desses termos já foi exaurido na avaliação da simples dádiva da Vida, mesmo em seu modo de vida-na-morte e de morte-na-vida, o qual os homens se apegam como o mais precioso de todas suas posses?

Vamos refletir sobre a canção incessante que a Natureza canta em louvor à Vida, a Vida mesmo em suas conhecidas fases, desde a planta ao homem, da alegria da Vida quando ela percorre as veias físicas. Então, vamos pensar sobre esta Vida, não mais como desconhecida ou subconsciente, mas como impregnada com a Luz da verdadeira inteligência e, assim, fazendo nascer dentro da essência do homem uma maravilha, um ser de uma natureza nova, um homem-deus, de poder e faculdade super-humanos que, de sua própria natureza, canta uma canção infinitamente mais sábia do que qualquer homem pode cantar, pela compreensão do valor e significado do real; não em louvor de algum bem selecionado em particular, de acordo com a visão humana limitada do que é bom e do que é ruim, mas louvando as coisas como elas realmente são, uma canção natural que deve ser entoada logo que a possibilidade deste significado comece a ser entendida e os segredos do Propósito Divino principiem a revelar sua presença oculta em todas as coisas - boas e ruins para a dualidade do bem e do mal a que chamamos homens.

Você talvez esteja dizendo: Isto não é possível. Eu me aventuraria a responder: É inevitável; é o destino glorioso do homem, predeterminado pela Sabedoria.
Talvez você replique novamente: Isto não pertence à ciência, mas à fé - a malha sem base tecida por sonhos apaixonados de imaginação desvairada e muito distante de qualquer realidade quanto aos fatos e à experiência.
Eu diria: não tenho vergonha de uma fé que deixa corada toda a assim chamada ciência. Só a fé pode remover as montanhas de nossos preconceitos atuais que circundam o horizonte de nossa ignorância; a fé espiritual é a precursora da Gnosis. Esta fé é a que nos faz agir com retidão e é somente através da reta ação que este conhecimento divino se torna acessível.

Fé é vontade compelidora; não uma crença neste ou naquele credo, mas a determinação do ser humano em terminar a ilusão de sua crucificação atual na cruz dos opostos e, assim, elevar-se até um conhecimento da realidade da Grande Paixão que sente por tudo o que vive e respira e à intuição do Grande Drama em que o Único Ator representa, por meio de todos os corpos no universo. A Vontade está além de todos os pares de opostos; dentro dos pares tudo é desejo.

Tal fé na verdade dominante do potencial divino do homem não nasce da ignorância, mas do conhecimento existente. A ignorância não pode produzir fé, ela gera crença; a fé vem da vontade, não do desejo. E o que nos faz agir sem apegos; e a ação é a linguagem de nosso Deus, o discurso que Deus pode compreender em todo seu significado, enquanto nós homens podemos compreender somente uma porção dele.

Assim, meu ideal mudou para mim o valor de muitas palavras. Outrora eu dava pouco valor à fé, agora estimo muitíssimo; antes dava muito valor ao conhecimento, agora o estimo menos.
Porém a fé a que dava pouco valor não era a Fé, era uma noção falsa do que ela significa - a noção confusa de que o somatório de uma série de crenças resultaria na convicção.

Entretanto a Fé é de uma outra categoria; pertence à vontade e ao ser, não ao intelecto e ao desejo; é imediata e não depende do tempo. Assim é também com o conhecimento; o conhecimento, como humanamente concebido, é deduzido e não imediato, é um processo intelectual e não a expressão da Sabedoria na ação, que é Gnosis viva.

Sabedoria já significou muitas coisas para mim; de fato, chegou finalmente a significar tantas, que minha razão percebeu que não havia nenhum plano possível de abarcar a todas - sua variedade era tão grande que fiquei perdido numa infindável diversidade de detalhes.

Agora, a Sabedoria significa somente uma coisa; mas esta não é uma das muitas coisas, pertence a outra categoria. É uma vontade, não de conhecer, mas de ser; é a segurança de que Gnosis é realização. Esta fé representa a morte do conhecimento convencional e o nascimento da Sabedoria.

Quanto mais você absorve essa Sabedoria, ou Gnosis Espiritual, mais ela lhe absorve. Você não consegue se cansar dela; isso é impossível, pois ela é um perpétuo revigoramento, sua natureza é de sempre renovar. É o segredo da eterna juventude dos deuses, a panaceia para todos os males, o elixir divino, o segredo da pedra filosofal.

De minha parte, é difícil agora compreender a total vacuidade e ausência de sentido de minha vida antes de vir a saber sobre esta Busca. Inicialmente, quando abri meus olhos, eu era como uma criança sem discernimento. Estava faminto e havia muita comida empilhada em muitas mesas. Comecei o trabalho por prová-la mentalmente; lia com voracidade, devorando tudo o que chegava ao alcance de minhas mãos.

Que indigestão tive! Vidas de místicos, santos e 'adeptos', filosofia da Índia e budismo, religiões e mitologias de todos os tipos, magia e artes ocultas, cabalismo, misticismo e gnosticismo, os mistérios e sociedades secretas, espiritismo, mesmerismo e hipnotismo, críticas bíblicas e heresias de todos os tipos.

Eu era jovem e inexperiente e estava 'esfomeado'! Não houve nenhuma 'introdução', nenhum mapa do mundo desconhecido, nenhum catálogo esclarecedor sobre os melhores livros a serem estudados. Fui solto no meio de tudo isto e 'comi' muito.

Mas, ainda assim, pense no que isso significou. É bem verdade que tudo ainda era um caos para mim - mas que caos! Era como um tipo de substancia viva com que me alimentar, um caos à medida que eu ainda não tinha o apropriado poder de seleção e discernimento, na profusão demasiadamente grande do banquete. Porém, mesmo assim, foi uma amostra das coisas boas do Lar e que fez com que o filho pródigo exilado compreendesse, de uma vez por todas, o vazio total das cascas mortas do convencional, que por tanto tempo tinha sido sua refeição diária.

Foi o começo de uma vida absolutamente nova em que, inicialmente, a pessoa era naturalmente como um bebe. Porém, isso era vida e não morte, estar acordado e não sonhando. Gradativamente os poderes do discernimento começaram a despontar. O sabor, o gosto inato da alma, desenvolveu-se por meio da amostragem dos muitos pratos colocados à minha frente e, gradualmente, comecei a selecionar as formas de alimento mais puras, os maiores provérbios e ensinamentos internos das gnosis e teosofias das grandes fés do mundo.

No meu caso, o que foi inicialmente um deleite intelectual, começou, de forma gradual, a se apossar de minha natureza emocional. Sobre este aspecto da questão não me parece apropriado e correto falarmos em termos de experiência pessoal. Apresentar o coração em público me parece mais um sinal de emoção superficial do que uma revelação das profundezas da verdadeira paixão.

Existe uma hesitação natural em exibir, aos olhares da multidão, os segredos do santuário do coração. Por outro lado, as opiniões da cabeça são geralmente muito melhores para a dura crítica do mundo, pois essas têm que ser quebradas em pedaços ou devidamente modeladas na forja, na luta e disputa com outras opiniões. Contudo, os delicados pensamentos do coração, as esperanças amorosas da esposa fiel do espírito, não são para outros ouvidos a não ser os dos amigos e parentes espirituais.

E, no entanto, é precisamente nestes mesmos carinhos e amores do coração que o poder da vida espiritual manifesta-se mais poderosamente à autoconsciência. Este poder transfigura toda a natureza; a mente formal segue atrás dele, ansiosa por moldar-se na imagem de seu amor.

É o Poder do Pai na Mãe que leva ao nascimento do Filho. É o poder do amor dentro da mente formal que a organiza a partir de dentro, como ocorre com o Cosmos da Grande Mente, enquanto o conflito das opiniões contrárias externas oferece a resistência conveniente para o molde.

Realmente, não é apropriado exibir as operações secretas do mistério interior - não é apropriado porque nenhuma descrição pode fazer algo além de diminuir a beleza da realidade da atividade interior divina. Pois esta atividade interior é a energização da própria Beleza, que transforma a natureza desorganizada e sem adornos numa cópia de si mesma, a ordem harmoniosa e o encanto cósmico do Filho de Deus.

Essa compreensão viva do significado da Sabedoria não é derivada de livros. Dos livros podemos apreender intelectualmente a teoria, mas para ser compreendida, a teoria deve, primeiramente, ser posta em prática, agindo corretamente. A ideia da teoria nos impressiona, então imaginamos ou projetamos a imagem dessa ideia em nossas mentes e, ao imaginá-la assim, por uma magia de simpatia, sentimos o poder e, ao senti-lo, agimos segundo ela. Então, e somente então, ao atuar assim começamos a conhecer a partir do verdadeiro conhecimento gnóstico.

Mas como é possível transmitir aos outros, com emoção, o que uma afirmação aparentemente ousada como esta significa para a pessoa que experimentou mesmo um pequeno momento de um tal êxtase? Como pode qualquer pessoa expressar, dada a aparência das coisas, as profundezas de significado que uma tal paixão gnóstica ou realização espiritual contém?

Apesar de estar longe de qualquer pretensão da plena realização de tão exaltado êxtase, posso, no entanto, sentir o suficiente a seu respeito para tornar-me inteiramente convencido de que, se eu pudesse transmitir a outra pessoa, num único relance, o conhecimento de todos os livros e artigos que escrevi e de todas as palestras dadas sobre este assunto, isso não teria exaurido nem mesmo o significado superficial do que a Gnosis significa para mim.

Sei que, até agora, nem mesmo comecei a expressar adequadamente o que isso de fato significa. Encontro-me ainda incapaz de articular a verdadeira linguagem da Sabedoria, só consigo articular interjeições e pronunciar exclamações.

Quanto mais compreendo sua grandeza e poder, seu valor inestimável e sua inevitável satisfação, mais me convenço de como está inteiramente além de qualquer poder humano de expressão adequada. Todo o universo expressa Sabedoria, canta e louva a Sabedoria. Ela é revelada tanto na tolice dos homens como na sabedoria da natureza, para a visão de Deus e daqueles Seres Abençoados que têm a pura visão.

"Deus, em Sua Sabedoria, criou os céus e a terra" e tudo o que ali se encontra. A Mãe de todas as coisas é a Sabedoria, de fato e não metaforicamente. A Sabedoria é a esposa e complemento de Deus como Criador, aquilo de que a Deidade Se preenche.
São somente as ideias vivas que crescem e têm o poder de se reproduzir e é ao cofre dos tesouros de tais ideias vivas, as sementes sem preço do Semeador Divino, que a sagrada Busca da Gnosis e da auto-realização nos conduzem.

O tratamento mecânico sobre o que outros escreveram ou falaram, sem o poder de transmitir o espírito vivo do pensador ou vidente, é como traficar com ideias estéreis ou mortas. Isto realmente não é gnosis humana, pois não existe sabedoria consciente nisto, é exclusivamente o trabalho de transmissão elementar - uma coisa excelente em si, extremamente útil, mas não é o trabalho dos homens que se auto-descobriram. Gnosis Espiritual deve ter vida, bem como luz, uma sem a outra é caótica ou estéril.

Todos os ensinamentos, todas as instruções da Gnosis Espiritual sobre inúmeros problemas podem ser resumidos em uma ideia viva, a mais poderosa semente do grande celeiro a ser plantada na mente devidamente preparada do homem. E esta ideia-mestra é que o homem é potencialmente Divino.

Esta semente de Gnosis, este poder de crescimento ou aperfeiçoamento na Sabedoria de Deus, é o verdadeiro homem realizando a si mesmo na alma de sua natureza purificada - o que significa uma natureza capaz de sentir todos os opostos num estado equilibrado que os transcende e, dessa forma, proporciona o terreno do Conhecimento Espiritual, ou Gnosis da mente esclarecida ou reabilitada.

Repito então, para a Sabedoria só tenho louvor. A Gnosis Espiritual deve ser vivida para ser conhecida, pois vivendo-a a pessoa vive sabiamente e, vivendo sabiamente, alcança a verdadeira felicidade. Alcançando a verdadeira felicidade, entoa canções de agradecimento a Ele que, por Sua Sabedoria, fez todas as coisas.

Entretanto, não estou sugerindo, nem mesmo por um instante, que é pelo fato de ter passado por estes altos estágios que louvo a Sabedoria. Louvo-a porque não posso agir de forma diferente, baseado na simples imaginação do que ela significa.



Capítulo de “A Gnosis Viva do Cristianismo Primitivo”
Copilado do livro “Some Mystical Adventures” de G. R. S. Mead

sexta-feira, 7 de maio de 2021

A Tormenta - Tempo de Transformação

 A Tormenta - Tempo de Transformação

(por Alaya Dullius, maio de 2021)


Ultimamente a vida tem sido como uma tempestade que não passa

Muitas coisas tem sido custosas, difíceis, sofridas...

E sinceramente, eu tenho me sentido um pouco emocionalmente exausta

Tenho certeza que não sou a única que tem sentido isso nesse período que temos passado juntos, como humanidade, mas com tantas diferenças no suporte que recebemos

Certamente estamos todos sofrendo, muito ou pouco, sofremos

É como se estivéssemos vivendo numa época em que tudo está em mutação, e não sabemos mais onde e como nos apoiarmos

O mundo está mudando, mas debaixo da superfície também estamos

É uma época de grandes transformações

Quando estamos no mar, durante uma tempestade, não podemos decidir “ah não quero passar por isso agora, deixa pra depois”. Seguimos, com mais atenção, mais presentes, com coragem, considerando cada escolha, percebendo a direção do vento, ajustando as velas, atentos ao mastro, ao mapa, ao mar... 

Seguimos atentos, para passar pela tempestade, seguros por um cabo de segurança que atrelado ao veleiro não nos deixa cair nessa água turbulenta. 

Suportamos a tempestade, a adversidade, miramos na meta e encaramos as maiores dificuldades de frente, sabemos que vai passar

Se abrimos mão dessa atenção constante, somos pegos pelas ondas, balançamos, somos jogados para lá e para cá, nos arrebentamos em algum lugar que não escolhemos estar..

Sejamos um veleiro numa tempestade mirando o céu amplo e azul


Tenho pensado muito no mar, uma sensação de solidão tempestuosa, mas não necessariamente ruim.

Acredito que nesses momentos de grande transformação não podemos nos esconder do que é desconfortável

Há um momento em que não nos comporta mais ficarmos presos em padrões antigos de agirmos e pensarmos, só por que nos sentimos seguros assim.

Em algum momento transborda, e transbordar é assustador

Não adianta se esconder do desconforto

Mudar dói, mas é nesses momentos que colocamos em movimento um redemoinho interior que renova nossa mente e mostra-nos o poder de estarmos vivos, e de podermos nos transformar

Olhamos para aquele turbilhão de emoções, medo, escolhas, o que for

E encaramos, e sabemos que precisamos mudar

E é muito difícil

E pausamos, a respiração, funda, o medo, aflorando...

Pausamos, olhamos para todo aquele desconforto e decidimos “ok você pode vir para a superfície, estou pronta”.

A transformação torna-se crucial e inadiável. Prolongar essa abertura é apenas perpetuar uma dor surda e constante que bate à porta da nossa alma.

Fazer uma escolha não é uma escolha mais, é uma demanda

Uma demanda interior que não vai se calar.

Sim, não é fácil, e na maioria das vezes vai soar apenas como palavras de motivação

Mas pare, escute, sinta. É isso mesmo que você quer? Que seu “eu” mais profundo almeja?

Ou é só mais uma daquelas muitas coisas que nos distrai na vida, e termina, no fim, por gerar mais demandas, ou mais insatisfação

Escute, no silêncio tudo fica mais simples


Estou tentando viver isso, dentro de mim grandes transformações fermentam, por fora, rupturas na vida, como véus que se rasgam, e mastros que se quebram ante a tormenta, mas tudo bem, passará.

Eu não sei no que tudo isso vai dar.

Penso na Teresa, a carmelita espanhola, “tudo passa, quem a Deus tem nada falta, tudo basta, não te angustie, não te perturbe. Paciência confiança”

Há de haver uma forma mais verdadeira de viver.

O ruído do mundo cessa no meu coração.

É simples, e no simples, encontro.


Tudo bem parar, tudo bem precisar descansar

Recolher-se para dentro de si e pensar “o que é realmente importante agora”?

Ao mesmo tempo, se sentes que precisa, siga firme, passo a passo, mirando no fim dessa tempestade. Liberamos os cabos para a vela poder subir

Se içamos demais, o pano rasga em meio à tempestade, se subimos de menos, a vela não tem força para velejar, é tudo uma questão de medida

De sabermos a nossa medida

O tamanho do pano depende do tamanho da tempestade

Não é sobre estarmos molhados, mas sobre o vento que nos empurra, e para onde colocamos a proa.

Pode parece que você está numa escura e fria solidão, mas você não está sozinha.

Tudo passará, e nos encontraremos.

Há um lugar quente e protetor e aconchegante no fim dessa jornada, e esse lugar está dentro de você

Faça algo por você

Não pros seus sentidos, não pros seus pensamentos e vontades

Mas por você, a verdadeira você, ai dentro, esperando ser ouvida.

O tormento do mundo continuará ruidoso

Quem é você nisso tudo?

Respire

A gente se preocupa demais

E vive de menos

E não sente o amor..


A luz é muito mais magnifica quando a gente a deixa entrar em meio à escuridão do inverno

Por entre as nuvens ela irradia ainda para ti

Sinta

Veja

Escute

 Faça algo por si mesma

Não consuma algo, não compre algo

Todas aquelas coisas, você não precisa delas..

Faça algo por si mesma, e veja... você pode, você consegue

A vida insiste em pulsar

Ela pulsa dentro de você.


segunda-feira, 29 de março de 2021

Pneumofagia espiritual.

Pensando no estudo da filosofia e da espiritualidade, me veio à mente a antropofagia, não a dos canibais ou de Oswald de Andrade, mas o sentido de se tornar preenchida com o que se busca. De se alimentar mesmo daquilo, o "pão da vida" dos cátaros. É sobre não ler apenas com os olhos, ou o cérebro, mas assimilar, digerir, transformar.

Leio o Buda e quero meditar. Leio Plotino e me levo a contemplar. Porfírio, Ficino, reforçam meu vegetarianismo, e os manuscritos de qumram despertam em mim um anseio por uma vida retirada. Quando leio Tereza d'Ávila quero encontrar o amor do Cristo e apenas isso, e o druidismo e cristianismo celta me fazem querer andar entre bosques e clareiras e contemplar a Natureza, enquanto a literatura do graal me mergulha num mundo de símbolos da alma ansiosa por aventuras. Jesus exorta "não seja hipócrita, e não siga a dois reis, arranque o joio do trigo". Cada filosofo, sábio, mestre e instrutor me inspira em alguma forma. Cada ensinamento me toca com sua ênfase virtuosa, contemplativa, filosófica, mágica, transformadora. Assim eu faço antropofagia dos meus "mestres", assim eu permito que me transformem.

Essa perspectiva não cabe mais em cadeiras universitárias e longos simpósios com especialistas em jâmblico que nunca participaram de um Rito, especialistas em Plotino que tem os corações congelados para a mística contemplativa, especialistas em budismo que nunca sentaram para meditar, doutores em porfirio que nunca se abstiveram de carne um dia sequer, mestres em Platão que não acreditam na alma...

São só exemplos.. Mas hoje me é claro, é preciso engolir, deixar que transforme, de dentro para fora, é preciso devorar, se permitir ser tocado pelos vislumbres daquelas sabedorias, se alimentar sem medo desse banquete de deuses.

Senão é tudo teatro, teatro vazio de uma verborragia estéril...
A vida é curta para ficarmos sempre pisando em ovos. Deixe que se quebrem, assim fazemos nossas escolhas. Com passos firmes seguimos, os ovos irão se quebrar, paciência.




Shams de Tabriz, mestre sufi, diria que precisamos saber quem somos, não importa como os outros te tratam. Sermos absolutamente sinceros conosco é o caminho para o amor. Aprendemos a ser gratos pelos espinhos que nos atiram "pois é um sinal que brevemente será banhado em rosas".
Faça "antropofagia" e não tenha medo de seguir os passos dos mestres, as cascas finas escondem ovos podres. Aquele que busca a verdade não teme a falsidade. Não dá para passar a vida em passos leves. E com a energia da confiança no ensinamento, pode seguir com passos firmes, transformando-se a cada nova 'refeição'.


Pneumofagia 

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Jesus e Cristo não são a mesma coisa -- O homem e o Principio Divino.

 Jesus e Cristo não são a mesma coisa.


A maior confusão é causada pelos dois extremos. Confundir o Princípio Divino (o Cristo metafísico dos gnósticos) com o homem Jesus, achando que:
- ou Jesus é um "Deus encarnado", "Verbo que se fez carne", "Filho Unico de Deus na Terra"
- ou que o homem Jesus nunca existiu, já que Cristo é um 'salvador mítico' (associado ao Logos, em uma cosmogonia metafisica). Nem um, nem outro Toda confusão surge da mescla dos termos. Quando as pessoas colocam Cristo como sinônimo de Jesus, toda a confusão começa.

Dessa forma, é um erro usar passagens gnósticas que falam do Cristo, para provar a inexistência do homem Jesus
Da mesma forma que é um erro atribuir características humanas e criadas em uma hagiografia, a um principio divino metafisico. Jesus e Cristo são coisas diferentes
São duas palavras que se relacionam
Mas quando os Gnósticos falam do Cristo, eles não estão falando de Jesus necessariamente
e quando a biblia, o talmude, ou os apócrifos mencionam o homem Jesus, eles não estão falando de cosmologia automaticamente.

Afirmar a existência do Cristo metafísico não tem como consequência instantânea negar a humanidade de Jesus
E afirmar a humanidade de Jesus (ainda que compreendendo que boa parte de sua 'biografia' foi inventada), não significa afirmar que Jesus é um deus encarnado (literalmente).

Jesus, o homem
Cristo, o principio divino ao qual esse homem se relaciona


Um paralelo: Quando afirmamos que Sidharta Gautama foi o 4º Buda (segundo conta a tradição), estamos dizendo que houveram outros budas antes dele. Quando dizemos que Buda significa "estado de iluminação", estamos afirmando a possibilidade de todos atingirem a Natureza Buda. Entender que a palavra Buda significa "o iluminado/desperto etc" não leva a uma conclusão automática de que Sidharta nunca existiu.
O mesmo vale para Cristo
Jesus exorta seus discipulos a buscarem se tornar como Cristo
"vamos, façamos como ele!" dizem os discipulos
Paulo diz "Cristo [dentro] de vós é a esperança de glória!" Jesus diz "Sede perfeitos como o Pai é perfeito"
os gnósticos ensinam, Cristo é a Luz do Um dentro de cada um de vós, é um pricnipio divino, o "filho unico" metafísico da Mãe Virginal, a Divina Barbelo, a Imagem do Um, o Espirito Invisível e Eterno. É a luz que desperta o homem a se libertar. Cristo é o Raio do Um, É a coroa das luzes, é simbólico, metafísico, mítico. Não é um homem, permeia todos os homens como possibilidade do despertar.

Jesus é localizado na geografia e no tempo..

Uma coisa é uma coisa
outra coisa é outra coisa

Quando acadêmicos insistem em tratar Jesus e Cristo como sinônimos, toda a confusão começa. Não entendem a metafísica gnóstica, e por entenderem que a ideia de "Cristo" foi mesclada com o Sol Invictus, Mitra, e outros simbolos.. acham que isso serve como negação da existencia de Yeshua.

Quando teólogos insistem em tratar Jesus e Cristo como sinonimos, negam a profundidade filosófica do ensinamento, e nivelam por baixo o gnosticismo, confundindo o Logos com um homem de carne e osso, o que por si só é um absurdo - e que "basta aceitar ele e pronto". Toda interpretação literalista leva ao engano. Ler a bíblia achando que Adão e Eva e o Eden foram criações literais, leva ao engano do fanatismo.
Ler os apócrifos gnósticos achando que os gnósticos estavam chamando Jesus de Cristo, quando falam do Cristo, é não compreender a profundidade de seu ensinamento metafísico, ao mesmo tempo que cai num tipo de negacionismo histórico.

Eu tratei desses assuntos em alguns de meus vídeos.

  • O Principio Divino Encarnado


  • Cristo é a centelha divina, não um homem


  • Introdução à Cosmogonia e Metafísica Gnóstica

  • "No Princípio era o Logos" - Christos, O Bom Demiurgo dos Gnósticos

  • A Luz que vem ao Mundo - os 12 Eons - 3ª Hipóstase


  • A Mística do Logos-Christos

SOBRE O JESUS HISTÒRICO
  • José era mesmo um carpinteiro? Os principios da Busca pelo Jesus Histórico