quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Plotino e a Jornada da Alma - a Contemplação do Um e do Belo

Em 2012, após o término de meu mestrado em Filosofia Antiga (Sobre o Uno em Plotino e o Evangelho Apócrifo de João), dei uma palestra no Instituto Teosófico de Brasília sobre esse mesmo tema. O audio foi gravado e hoje tive o feliz trabalho de transformá-lo o melhor que pude com imagens ilustrativas, para ajudarem a levar o ouvinte para aqueles ensinamentos tão belos (não meus, de Plotino).
Convido-os a ouvir se interessar, e a se inscreverem em meu canal no youtube ☺ Curtam e compartilhem!



No conhecido livro A CHAVE PARA TEOSOFIA, Blavatsky, no primeiro capítulo, explica a origem do nome que escolheu para nomear a Sociedade que fundava. Ela nos fala sobre o Mestre Amônio Saccas e sua escola esotérica e filosófica, nos fala sobre as idéias de Plotino que se assemelhavam com o shamadhi hindu. Ela chama os filósofos dessa escola de verdadeiros teosofistas. Então, penso eu que nada mais óbvio seria para nós, interessados nessa sabedoria divina, buscar conhecer o que ensinavam. Eu sou suspeita, mas é lindo e inspirador!
Espero que meu vídeo auxilie a inspira-lo. Falo da jornada da alma (ou da mônada), das virtudes, do mundo que nos faz esquecer, da escola de Alexandria, dos neoplatônicos e gnósticos, do despertar para a contemplação da Beleza e da Unidade!
Deixo o link aqui pra vocês, e compartilho o trecho inicial da Chave para Teosofia:

CHAVE PARA TEOSOFIA

PESQ.: Qual é o verdadeiro significado do termo Teosofia?

TEOS.: Sabedoria Divina. “Theosophia” significa sabedoria dos deuses, assim como “Teogonia” significa genealogia dos deuses.  A palavra “theos” significa um deus, em grego, um dos seres divinos, e  certamente não significa “Deus” no sentido que se dá atualmente ao termo. Portanto, ela não é “Sabedoria de Deus”, como alguns traduzem o termo, mas aquela  Sabedoria Divina que pertence aos deuses. O termo existe há muitos milhares de anos.

PESQ.: Qual é a origem do nome?

TEOS.:  Ele vem dos filósofos de Alexandria, os chamados amantes da verdade, Filaleteus, de “Fil” (amar) e “Aleteia” (verdade). O nome “teosofia” data do século três da nossa era, e começou a ser usado por Amônio Saccas e seus discípulos (Plotino, Orígenes e outros), que criaram o sistema Teosófico Eclético.
Os neoplatônicos eram numerosos, e pertenciam a várias filosofias religiosas. [3] O mesmo acontece com os nossos teosofistas. Naquele tempo, o judeu Aristóbulo dizia que a ética de Aristóteles representava os ensinamentos esotéricos da Lei de Moisés; Filo Judeu se esforçava por reconciliar o Pentateuco com a filosofia pitagórica e platônica; e Josefo comprovava que os essênios de Carmelo eram simplesmente os copistas e seguidores dos terapeutas egípcios (os curadores).  O mesmo ocorre em nossos dias. Nós podemos mostrar a origem e a trajetória de cada grupo cristão, incluindo a menor das suas seitas. As seitas são os ramos menores nascidos dos galhos maiores da árvore; mas ramos e galhos surgem do mesmo tronco: a RELIGIÃO DA SABEDORIA.  A meta de Amônio era provar isso. Ele se esforçava por induzir gentios e cristãos, judeus e idólatras,  a deixar de lado suas disputas e brigas, lembrando apenas que todos possuíam a mesma verdade sob diferentes vestimentas, e eram todos filhos de uma mesma mãe.[4]  Esta é também a meta da teosofia.

(A tradução na íntegra do primeiro capítulo da obra pode ser encontrada aqui https://www.filosofiaesoterica.com/a-chave-da-teosofia-1/)