domingo, 27 de março de 2022

Será que você caiu nas garras de uma SEITA?

 Será que você caiu nas garras de uma SEITA?

Eu assisti às 2h desse relato. E gostaria de trazer ele aqui como um exemplo do que muitas vezes eu insisto em minhas falas.


As vezes me tomam por ‘exagerada’ ou ‘cri cri’ ao chamar atenção para alguns perigos, ou criticar certas práticas feitas por ai. Recebo e-mails e mensagens privadas ou com contatos ‘sedutores’ cheios de elogios e palavras pro meu ego mas querendo me prender a algo ou me vincular a algo ou usar meu espaço aqui no canal, ou com ataques e críticas sobre eu estar ‘falando do que não vivi’ etc. Quero dizer que é possível ter uma vida espiritual saudável. Buscar um verdadeiro autoconhecimento, que te liberta, que não te torna mais preso! Existem boas práticas, existe uma forma de viver uma religiosidade positiva, fundamentada em bases consistentes, em uma tradição séria, com um caminho constante e que te leva a transformações (internas e externas) na sua vida que são reais, e não te aprisionam nem causam mais sofrimento. Percebam que quando Jesus fala sobre os lobos vestidos de cordeiro, e o ouro falso, e o não dar aos cães o que é sagrado (pois eles se voltam contra nós e nos destroem), isso é uma fala absolutamente atual. O que vemos nessas seitas e grupos e ordens e escolas e retiros (seja lá como se chamam..) é justamente o uso de assuntos espiritualmente edificantes, e práticas boas, positivas e transformadoras, de um modo ‘envenenado’. Bons ensinamentos são distorcidos e transformados em práticas destrutivas. Há muito veneno na picada das cobras que se escondem detrás de cada flor no astral e no físico também! Essas seitas causam um mal duplo. Elas destroem os indivíduos, física, emocionalmente, financeiramente e espiritualmente; e elas destroem belos ensinamentos ao contaminarem instruções de verdadeiros mestres com desvios destrutivos nas entrelinhas, interpretações errôneas, ênfases adulteradas. Destroem o ensinamento de dentro pra fora, se apropriando de seu linguajar. E destroem as pessoas com toda a manipulação. Vejam que pode ser positivo, se for uma escolha, buscar uma vida simples e afastada do mundo. Pode ser positivo viver em meio à natureza, cuidando de horta, composteira, tomando sol, acordando cedo. Pode ser positivo se alimentar sem grandes apegos, ter uma alimentação vegetariana, praticar yoga, meditação. É bom ler filosofia, conhecer tradições espirituais... Mas nunca sem liberdade, nunca sob abuso psicológico e coerção. Eu estive envolvida em estudos e práticas espirituais desde minha infância. Felizmente nunca participei de nenhuma seita. Já transitei por alguns espaços e convivi com pessoas de grupos diferentes e vi coisas bem de perto. Quando faço um post como esse não parto de um sentimento de mágoa pessoal, é um desejo de alerta. A prática de meditação, de vegetarianismo, de contato com a natureza. O respeito ao yoga e aos ensinamentos de diversas religiões, são coisas que sempre carrego comigo. Retiros espirituais, vida em comunidade como os essênios e outros, podem levar a bons frutos. Mas que tudo isso seja sempre consciente e com liberdade. Eu escutei o vídeo inteiro e fiz algumas anotações. Posto aqui com o intuito educativo de trazer o assunto à tona, para que sejamos sempre vigilantes dos lugares que frequentamos, do quanto permitimos que as pessoas ditem sobre nós, de se estamos cuidando de nosso emocional e o chamado para percebermos que especialmente nesses meios ‘espirituais’ nem tudo que reluz é ouro, as vezes é só furada! . . . >>>>> Detalhes que anotei a partir do relato do vídeo: Esse relato é um exemplo perfeito de perigos que corremos ao sem querer cairmos nas garras de seitas ‘espirituais’. Percebam a importância da liberdade de pensamento. Inclusive da liberdade de estarmos equivocados. Mas de podermos questionar, duvidar, estudar, ter acesso às fontes. Pessoas muito inteligentes podem ser vítimas de seitas. Pessoas bem intencionadas, buscando um caminho espiritual real, uma vivência religiosa real. Pessoas com condições financeiras, com títulos acadêmicos, ou pessoas simples e ‘vividas’, e até mesmo céticas. É preciso entender como funcionam as seitas para nos protegermos e aprendermos a identificar os ‘sinais de fumaça’. Como ela diz ao final, ao nos aproximarmos de uma seita não vemos ‘monstros’ ou pessoas encapuzadas. Vemos sorrisos, abraços e discursos edificantes. Somos convidados a nos sentirmos parte de algo, e nos sentirmos especiais. E é no desconhecimento dos mecanismos das seitas e na nossa vulnerabilidade emocional que mora o perigo. Eu tenho críticas a alguns posicionamentos da dona desse canal, não concordo com tudo. Mas há coisas sim que ela tem feito um bom trabalho de explicitar os problemas DESTACO alguns pontos: Figura de um ‘mestre’ que decide tudo. (Também senta num trono, cabelo comprido e barba) “Ele é iluminado”. Não pode ser questionado. Pessoa é constrangida por duvidar, ou sutilmente humilhada por ‘estar sendo dominada pelo mental’. Experiências grupais que levam as pessoas a quererem concordar entre si para não se sentirem excluídas. Membros são ‘aspirantes a monge’ Trabalho não remunerado sob discurso de ‘voluntariado espiritual’, Corte de contato com a família e o mundo externo, não ter acesso a telefone, internet ou até mesmo aos próprios documentos pessoais. O local funciona como um espaço de retiros espirituais, pousada ecológica, imersões em práticas de meditação, psicologia, mistura de discurso religioso com ‘quântica’, os turistas vão em feriados e pagam diárias caras e fazem os ‘workshops’. Cheio de 'pratica de ‘autoconhecimento’. - Isso demonstra que as vezes debaixo dos panos não estamos vendo a realidade dos ambientes que frequentamos. O dinheiro do espaço não pagava salário para quem trabalha lá. As pessoas não tinham direito nem de ter shampoo etc. Pessoas recebem um nome espiritual como estratégia de despersonalização. Só permitir ver a família depois de alguns meses ali (a pessoa já em lavagem cerebral ativa está achando tudo bom e só fala coisas boas pra família e volta). Discurso de ‘sua família não te entende’. Vigílias, trabalho noturno como castigo por atraso, obrigatoriedade de banho gelado (tendo chuveiro quente), elogios e criticas alternados (abuso psicológico) feitas em público com indiretas. Discurso na hora da refeição, doutrinação pesada citando de forma deturpada diversas tradições espirituais e religiões que tem bons ensinamentos, mas usando isso para manipular as pessoas. Fazer a pessoa sentir que está ‘evoluindo’, e com discurso pseudo-cientifico e quântico. Cursos de reiki, cristais, radiestesia, massoterapia, yoga, meditação etc. As pessoas que moram lá se formam terapeutas e atendem os turistas mas não recebem nada do que é pago. Corte de contato com a família e o mundo externo, não ter acesso a telefone, internet ou até mesmo aos próprios documentos pessoais. Jejum ‘forçado’ (por coerção e abuso emocional), discurso de ‘não se apegar a coisas do mundo’ para não permitir que as pessoas comam chocolate, tomem café etc. Controle de decisão, liberdade. Coerção quando a pessoa não quer participar de algum ‘ritual’ que todos fazem. As pessoas funcionam como ‘olheiros’ uns dos outros. Fofoca denunciatória incentivada ‘pelo bem da pessoa’. Aversão ao corpo material, trabalho escravo disfarçado de discurso de ‘comunidade’. A renúncia ao mundo e o desapego como práticas espirituais deve vir como uma atitude livre, consciente, natural e por escolha. Nunca assim por pressão e sob discursos e repressão. Exercícios físicos pesados disfarçado de autocuidado e somado à gordofobia. Não acesso à tratamentos de saúde medicamentosos. Tratar depressão como ‘não está evoluindo’. Controlar o corpo da pessoa (quando pode ficar de pé, quando deve ficar deitada sem poder sair da cama etc..) Não permitir uso de contraceptivo. Dizer que a pessoa tem Trava sexual, tocar ela para ‘trabalhar os chakras’, abuso sexual para ‘trabalhar a evolução’ da pessoa, discurso de iluminação através da sexualidade. ‘sala especial do tantra’. ‘um deus que vai te curar’, ‘você é escolhida’, constrangimento da pessoa em publico dizendo que é preciso aprender a se entregar. (quase toda seita descamba pra discursos de sexualidade como caminho, abre rapidinho as portas pro abuso sexual). Deixa a pessoa com sentimento de ‘não ter pra onde ir’, pois foi afastada de todos. Ao mesmo tempo a pessoa não tem com quem falar pois sente vergonha e se culpa por ter sido vítima. Seitas são pessoas legais, queridas, que buscam algo bom, acreditam em espiritualidade, falam de natureza, meditação, práticas de autoconhecimento, desconectar do ritmo do mundo etc. São sedutoras pessoas, te fazem se sentir ‘parte’, te vendem felicidade. Porém há uma distorção. Pegam geralmente pessoas jovens e fragilizadas emocionalmente. (e é comum que seitas tenham um movimento forte para atrair jovens). Mas todas as pessoas podem estar sujeitas a esse tipo de armadilha.
Por isso pessoal, VIVEKA sempre (não o meu canal, mas o uso do discernimento espiritual).
Não se deixem levar pelos discursos sedutores, e façam terapia!
Um ensinamento verdadeiro te ajuda a te libertar do sofrimento, e não te aprisiona mais.